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Doença que afeta até 5% das crianças no mundo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) deve ganhar um tratamento mais adequado e um diagnóstico mais rápido em todo o país. Pela primeira vez, o Ministério da Saúde ouve a população para discutir o assunto e, após o resultado da consulta pública, poderá incorporar o diagnóstico, tratamento e medicação para o TDAH por meio Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Rodrigo Carneiro, neuropediatra e presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil (ABENEPI), o Transtorno do Déficit de Atenção é uma doença do neurodesenvolvimento extremamente prevalente na infância que tem como principais sintomas a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade.
"Esses sintomas impactam na vida da criança e da pessoa durante a vida toda - na escola, no aprendizado, nos relacionamentos familiares, nos relacionamentos pessoais e na vida profissional”, explica.
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), já existem inúmeros estudos em todo o mundo – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência do transtorno é semelhante em diferentes regiões, o que indica que ele não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos. Ainda segundo a Associação, estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal do cérebro. Esta região é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
Para o médico, “é extremamente importante a consulta que o Ministério da Saúde está fazendo para que façam as diretrizes de tratamento e de diagnóstico. Com isso vamos poder, não só fazer o diagnóstico correto, mas propor um tratamento completamente assistido pelo nosso SUS”. A consulta pública fica aberta até dia 25 de novembro no site da ABDA.